sexta-feira, 27 de abril de 2012

Arte Egípcia


A arte egípcia teve algumas características básicas que a distinguiram:
Na representação da figura humana, o rosto era sempre apresentado de perfil, mesmo os olhos sendo mostrados de frente. Isso nos dá um certo ar de irrealidade. O tronco era apresentado de frente, mas as pernas sempre estavam de perfil. Esse é um aspecto bem curioso e chama-se lei da frontalidade. É fácil observar essa característica na maior parte dos altos-relevos e representações pictóricas do antigo Egito.
A arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil. O convencionalismo e o conservadorismo das técnicas de criação voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados que representam a aparência ideal dos seres, principalmente dos reis, e não seu aspecto real.
Entretanto, o que mais se destaca na arte egípcia é de fato a arquitetura, através da construção de templos de tamanhos monumentais. A primeira imagem que nos vem em mente é a imagem de uma pirâmide. As pirâmides eram túmulos para os faraós e tinham uma área de ocupação muito pequena, em relação ao tamanho do monumento.
O tamanho das pessoas retratado nas pinturas do Egito era de acordo com sua posição social.
A arte egípcia estava intimamente ligada à religião, por isso era bastante padronizada, não dando margens à criatividade ou à imaginação pessoal, pois a obra devia revelar um perfeito domínio das técnicas e não o estilo do artista.
As pinturas e os hieróglifos nas paredes das tumbas eram uma forma de registro da vida e atividades diárias do falecido, nos mínimos detalhes. Eram feitos em forma de painéis e divididos por linhas com hieróglifos. O tamanho da figura indica sua posição: faraós representados como gigantes, e servos quase como pigmeus. O homem era pintado em vermelho, a mulher em ocre.
Das obras arquitetônicas do Egito Antigo destacam-se os grandes templos e as pirâmides - imensas construções de pedra que serviam de túmulo para os faraós.
Os egípcios distinguiram-se também na escultura, usando-a para representar deuses e reis. Esses trabalhos eram depois colocados nos templos e túmulos. Outra manifestação da escultura egípcia foram os sarcófagos, enormes e ricamente decorados para garantir o bem-estar do morto. O tamanho gigantesco de algumas estátuas pretendia mostrar o poder do faraó e a sua imortalidade
Esfinge - Corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Construída pelo faraó Quéfrem à sua imagem e semelhança, a esfinge de Gizé é uma das mais sensíveis heranças do Egito antigo. Quando foi descoberta, no começo do século XIX, estava totalmente coberta pela areia.
Uma mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, com a forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direção a um topo plano de menores dimensões que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes a sua largura.
Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e na sua volta para o mesmo corpo. Essa crença levou-os a desenvolver técnicas para a conservação dos corpos dos mortos.
A mais sofisticada delas foi a mumificação, um processo caro, só acessível aos privilegiados. Junto ao morto, eram colocados alimentos, armas, ferramentas etc., de que, segundo acreditavam, ele iria precisar quando ressuscitasse.

Arte Grega


Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.
Três foram os estilos arquitetônicos que se desenvolveram na Grécia antiga, a partir de 1200 a.C., distintos pela forma e feitio das colunas e do capitel:
Estilo dórico, apresentando colunas de linhas mais rígidas e capitel liso, o que ofereceu uma aparência de funcionalidade.
Estilo jônico, caracterizado pela leveza e elegância das colunas.
Estilo coríntio, com colunas mais ornamentadas, expressando luxo e abundância.
Os Gregos inventaram três modelos de criação arquitetônica, chamados ordens.
As três ordens gregas são: Dórica, Jônica e Coríntia.
Cada ordem possuía elementos decorativos adequados a ela. Esses elementos decorativos eram baseados em formas e elementos da natureza, construído de forma racionalizada pela geometria, podendo ser executados em relevos, pintados em afresco ou coloridos com pequenas pedras formando o mosaico.
A arte grega costuma ser dividida em quatro períodos: a arte grega geométrica (aproximadamente 900 a 700 a.C.), a arte grega arcaica (700 a 480 a.C.), o período clássico (480 a 323 a.C.) e o período helenístico (323 a.C. a 146 a.C.).
Para os gregos antigos, música e poesia eram classificados em outra categoria de atividades, com uma definição mais próxima ao que consideramos hoje em dia como arte. Tratava-se de atividades que não resultavam apenas de uma habilidade aprendida, mas de talento pessoal.
Além disso, muitas esculturas tinham finalidade meramente religiosas. Não eram vistas como obras de arte. Os relevos eram utilizados para decorar templos e altares com o objetivo de narrar mitos. O mesmo valia para as ânforas (jarras ou vasos), que poderiam trazer em suas pinturas cenas mitológicas ou do cotidiano.
Teatros de Arena, que eram construídos em lugares abertos, geralmente na encosta de um morro, para aproveitar a geografia do terreno. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
Percorrendo o processo de desenvolvimento da escultura grega, percebemos que durante o período arcaico, as estátuas gregas tinham uma visível influência dos padrões estéticos egípcios.
Nessa fase, muitas estátuas eram construídas para homenagear a vitória de algum atleta ou o feito de algum soldado heroicamente morto no campo de batalha.
Do ponto de vista estético, notamos que as estátuas do período arcaico tinham uma postura bastante rígida e o rosto não sinalizava expressão alguma.
No campo da arquitetura, podemos destacar o desenvolvimento de técnicas de construção bastante interessantes.
Em várias obras percebemos o uso de pedras talhadas que se encaixavam umas nas outras. Por meio dessa inovação, as construções gregas dispensavam o uso da argamassa.
Os templos, maiores representantes da arquitetura grega, eram divididos em três partes: o vestíbulo, a sala do deus (também chamada de nau) e o tesouro.
Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.
Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.
Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e lendas. As estórias eram transmitidas oralmente de geração para geração. A mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras mitológicas. Os mitos mais conhecidos são: Minotauro, Cavalo de Tróia, Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.
Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga.